ERA UMA VEZ O CINEMA


Kagemusha, a Sombra do Samurai (1980)

cover Kagemusha, a Sombra do Samurai

link to Kagemusha, a Sombra do Samurai on IMDb

País: Japão, 162 minutos

Título Original: Kagemusha

Diretor(s): Akira Kurosawa

Gênero(s): Drama, Guerra, História

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
star star star star star star star star star star
8.0/10 (29290 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

PRÊMIOS star star star star star

Festival de Cinema de Cannes, França

Prêmio Palma de Ouro - Akira Kurosawa

Prêmios César - Academia das Artes do Cinema, França

César de Melhor Filme Estrangeiro - Akira Kurosawa

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Direção - Akira Kurosawa

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Figurino - Seiichiro Momosawa

Prêmio David di Donatello, Itália

Prêmio de Melhor Diretor Estrangeiro - Akira Kurosawa

Prêmio David di Donatello, Itália

Melhor Produtor Estrangeiro - George Lucas, Francis Ford Coppola

Mainichi Eiga Concours Award

Best Film - Akira Kurosawa

Sinopse: O grande tema que envolve este longa de três horas de duração é a representação do poder. O filme é ambientado no Japão do século XVI, que passava por uma interminável guerra civil. Vários clãs disputavam o controle da cidade de Kyoto, já que sua posse era fundamental para tomar conta do restante do país. Shingen Takeda (Tatsuya Nakadai) parece estar na frente da disputa e vence dois outros chefes para tomar a capital. Ao cercar o castelo de Ieyasu Tokugawa (Masayuki Yui), Shingen é ferido e acaba morrendo. Mas seus inimigos não sabem que um ladrão com uma incrível semelhança com o chefe daquele clã vai tomar o lugar de Shingen e se tornar um Kagemusha (Guerreiro das Sombras). Durante cerca de três anos o bandido torna-se figura central da história ao tomar para si a identidade do líder do Japão no período da guerra.

Enquanto acompanhamos a falcatrua que ocorre no clã para esconder a morte de Shingen, o impostor tenta se adaptar a uma nova vida. Ele se envolve com o neto do líder do clã, com suas amantes e com seus conselheiros de guerra. Poucos sabem o segredo, que é desvendado de uma forma inimaginável (em uma cena muito bem construída).

Destaques especiais para a fotografia de Takao Saitô e de Shôji Ueda, que se coadunou harmoniosamente com a visão do mestre (em muito, graças à adaptação dos storyboards) e para a banda sonora de Shinichirô Ikebe, ao serviço das mais variadas exigências dramatúrgicas. Excusado será mencionar a excelência do design e o raro aprumo na concretização da direcção artística, do figurino aos décors. Há cenas absolutamente memoráveis: tanto aquelas em que silhuetas escurecidas se imortalizam sobre fumos e fundos vermelhos, como aquelas em que o entardecer luminoso ofusca as hostes da refrega, como aquele arco-íris que se esboça sobre o horizonte da praia, como aqueles cavalos moribundos que, na derradeira agonia, falecem sob a cadência poética.

Esta produção foi o grande divisor de águas na carreira de Kurosawa. Não no sentido de sua estética ou no sentido de remuneração ou reconhecimento, mas sim na questão referente a seu objetivo no cinema. Todo o diretor tem um grande sonho, um grande projeto em mente. Desde a década de 1940, a base de Kagemusha estava na cabeça de Kurosawa, que só não o produziu antes por conta do alto custo de produção. Segundo Kurosawa confidenciou a amigos após ver este longa nas telas do cinema, sua alma podia deixar este mundo em paz. Ele cumpriu seu objetivo no cinema. Um dos melhores filmes já feitos no Japão. Uma das produções mais grandiosas do cinema mundial. O filme levou para casa a Palma de Ouro de Cannes e o David di Donatello, além de ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

 

Elenco: